Uma nota do autor:
Sinceramente não sei por onde começar... onde olho é só ruína, mas estranhamente tudo isso me cheira casa...
cheira café recém passado,
cheiro de gás antes da ignição,
Meus olhos são outros...
Frios e cansados,
e com a escrita bem feita,
disso me orgulho, mas é sinal de desfeita,
pois falta empenho com outros,
não comigo.
Aprendi e destravei,
provei viver para outros,
não consegui isso manter,
a areia corre por minhas mãos como uma ampulheta que não para.
O tempo corre e tudo escorre,
não retenho nada.
[...]
Sim, isso é apenas um mergulho na alma,
e no meu pierrot que se fez de morto,
maldito fingido!
deveria suspeitar,
se não fosse tão torto desconfiaria,
e quem diria que ele estava à encenar.
Aqui estou eu,
eu e meus olhares,
escolherei a determinação e com ela ficarei,
doses doentias de esforço me aplicarei...
overdose de mim e assim,
quem sabe assim venha me saciar,
e se mesmo todo esforço não adiantar,
descubro um jeito de me vingar,
de mim...
É assim mesmo,
uma guerra de múltiplos reinos,
brigando por terra,
a terra que lhes calça os pés,
a terra que lhes bebe o sangue.
David Weydson
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